Saída "limpa" nas mãos de agência de rating canadiana

Saída do resgate sem ajudas obriga a ter pelo menos uma classificação de dívida acima de "lixo". Mas a única agência que dá a Portugal boa nota, a canadiana DBRS, prefere um programa cautelar.
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O "Público" escreve hoje que "não é uma das três maiores e mais conhecidas agências de rating do Mundo, mas é talvez aquela para a qual os bancos da Europa periférica, e certamente agora os portugueses, olham. Chama-se DBRS, é canadiana e pode vir a desempenhar um papel fundamental na forma como Portugal irá conseguir sair do programa da troika a partir de maio".

Segundo o jornal, "nos últimos três anos, o facto de Portugal estar sob um programa da troika fez com que o BCE aplicasse um regime de exceção e aceitasse todos os títulos de dívida portugueses como colateral, independentemente do seu rating. Isso foi muito importante para os bancos portugueses, que puderam continuar a usar as suas obrigações de tesouro nacionais para obterem financiamento do BCE. Em dezembro, os bancos tinham 45.785 milhões de euros em dívida pública portuguesa. No entanto, o BCE já avisou que, a partir de maio, se Portugal optar por uma saída limpa, perde esse regime de exceção. Os ratings voltam a contar. E neste momento, a única das quatro agências consideradas pelo BCE que atribui a Portugal um rating acima de "lixo" - o nível mínimo para o BCE aceitar os títulos da dívida colateral - é a DBRS. A manter-se o atual cenário, será apenas o rating da agência canadiana que permitirá aos bancos portugueses poderem continuar a obter financiamento junto do BCE como até aqui".

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